sábado, 17 de outubro de 2009

Sábado.

Vai, acorda, olha pro lado e só tem o gato de pelúcia entre as pernas... Ele deve ter caído dos meus braços no meio da noite, hum, ele não devia estar entre os meus braços, ele devia estar no lixo. Não não, isso pode ficar, já joguei tudo fora, o gato de pelúcia fica...
Arruma a casa, olha no espelho, limpa as lágrimas, arruma um pouco a vida...
Come, pouco, bem pouco, o fim de um relacionamento faz a gente emagrecer, a um mês atrás eu vestia 42, hoje eu visto 38...
Se maquia, esconde as olheiras, coloca lápis nos olhos pra disfarçar o inchaço, sai pra rua, depois de 3 semanas trancafiada dentro de casa... O Sol me cega, olho pro lado, ta todo mundo me olhando de boca aberta: O que foi!? Tá tão na cara que eu terminei um namoro? Não Dali, não é nada disso... Tu tá linda, parece uma boneca, como que essa guria consegue ficar sozinha? Linda assim?
Pega o ônibus, anda o mesmo caminho, sozinha, sem mãos entrelaçando as minhas, só um cigarro numa delas, e a outra sentindo o vento da primavera...
Chega, sozinha, tudo me lembra ele, dá vontade de sair correndo.. Não! espera, tua amiga tá ali pra não deixar tu cair...
Ela te abraça, ela te dá um sorriso, pronto, passou...
Vê roupa, conversa, ri...
Pega um Sol, conversa mais, tranca o choro...
Volta pra casa, come pouco, bem pouco, escreve, escreve, escreve, escreve...
E a noite vêm aí, essa é o pior parte...
Mas, eu tiro de letra.

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